A viagem

Chegou o dia. Acordei às 4:00 da manhã. Apesar da mudança de vida radical, nada de nervosismo. Estava tudo pronto. As minhas enormes malas arrumadas no carro, fui embora para a locadora deixar o carro e de lá para o aeroporto. Cheguei na hora!

Só que aí aconteceu algo que, acho que de certa forma eu já estava esperando: uma das minhas malas estava pesada demais (37 kg), quando o máximo permitido são 32kg. O que fazer? Bem, como as outras estavam mais leves, a solução foi tranferir 5kg de uma mala para outra. Pedi uma balança de cozinha à recepcionista do check in mas ela não tinha…

Então, fui para um cantinho e, com uma precisão de culinarista quando põe uma pitada de sal na comida, transferi EXATOS 5kg para a outra mala, enquanto meu nome era anunciado no auto-falante. UFA! Bem, agora me restava apenas pagar pelo excesso de bagagem, besteira, R$ 82,00, tudo bem! Só que, antes de me perguntar onde ficava a famosa cidade de Libreville, acho que a atendente responsável pelo cálculo do excesso, buscou em todo o planeta, menos na África, por esta cidade. Ok, resolvido. Depois de trocar de calculadora duas vezes e preencher à mão o recibo, pois não tinha como fazê-lo no sistema (Libreville não está lá!!!), fui liberada.

Neste momento percebi que estava sozinha! Onde estão meus companheiros de viagem até São Paulo??? Bem, depois de correr como uma doida pelo aeroporto, descobri que todos já estavam dentro do avião me esperando. Pude sentir os olhares me espetando quando passei…

Bem, apesar dos atropelos, correu tudo muito bem. Embarquei.

Agora, já em São Paulo, me restava apenas aguardar as 6 horas pela minha conexão para Paris.

Só que eu sabia que não aguentaria ficar seis horas esperando no aeroporto. Pelo menos em São Paulo eu tenho a facilidade de conhecer mais ou menos a região do aeroporto. Fui para o Shopping Internacional passear um pouquinho e almoçar.

Vôo lotado! O que esse povo vai fazer tanto em Paris? Do meu lado sentou um casal com duas crianças. Duas gracinhas. Apesar disso, consegui dormir tanto que nem senti as 11 horas passarem.