sábado, 19 de abril de 2008

A pescaria no banco de areia


Lá estávamos nós: mala, cuia e cachorros. Às 6:30 encontramos os outros aventureiros para a nossa agradável pescaria. Três caminhonetes, numa delas Gunther com os cachorros na carroceria. Primeiro fomos explorar a selva... Bem, para atingir o ponto de embarque tivemos que nos embrenhar na selva. Mas tudo bem, tem “estrada”. Só que esta inatingível sem um carro 4 x 4.
Para esta aventura tivemos que levar de tudo – sorte é que não fomos nós quem tivemos que cuidar disso. Desde água potável até gerador. Afinal estávamos indo para um banco de areia – carinhosamente chamado de paraíso por J.C., o encarregado de toda a logística. Após desembarcar tudo das caminhonetes e reembarcar tudinho no barco, seguimos em direção ao “paraíso”, situado em algum lugar do oceano atlântico entre o Gabão, Guiné Equatorial e Camarões.


Bem, é inegável que o lugar é mesmo muito bonito. Uns 500 m2 de areia fina (com a maré baixa), cercada de por um oceano de água morna e cristalina. Mas é só.
Depois de desembarcado tudo e montar a tenda, começaram os preparativos para a pescaria. Cada um mais equipado do que o outro. Eu fiquei com os cachorros que estavam excitadíssimos com a novidade. Bouncer só queria ficar na água nadando. Yenna nem tanto, o negócio dela era dormir embaixo da tenda. Um grupo decide sair de barco para pescar em alto mar. A
expectativa para o retorno deles era enorme. Foram mais de 3 horas embarcados sob um sol fortíssimo pescando. Quando retornaram é que pode se constatar o que mais tarde tornou-se uma grande certeza: o mar não estava para peixe. Todo este tempo, 6 pessoas equipadas, para apenas UM peixe! Tudo bem, um senhor peixe (barracuda) de 17 quilos. Mas foi só isso. O dia inteirinho para apenas 2 peixes – Gunther também conseguiu um de uns um quilos (não dá para saber o peso exato pois ele não quis pesar – ahahahah).
Após um noite extremamente agradável, temperada pelo sal do mar em nossos corpos e cabelos, chegamos ao dia seguinte com a expectativa de que tudo mudaria.

Quem me conhece
pode imaginar a quantidade de piadas que eu fiz. Gunther já não aguentava mais me ouvir dizendo que os peixes estavam muito agradecidos por eles estarem acabando com a fome no oceano, já que as iscas desapareciam, mas os peixes não vinham. Quilos e quilos de peixinhos, camarões e calamar fizeram uma grande diferença para estes pobre coitados famintos do oceano atlântico.
Bem, o resultado da grande pescaria foram uns míseros 8 peixes e uma arraia. Tivemos que pagar $ 50.000 CFA por pessoa para participar desta aventura (algo em torno de R$ 400,00 para os dois). O peixe está no freezer, aguardando pelo momento de ser apreciado – sem dúvida eu nunca irei comer um peixe tão caro na minha vida.

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